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O que é e como implantar o gerenciamento da cadeia de suprimentos

Cadeia de suprimentos

Você sabe o que é cadeia de suprimentos? Trata-se de uma forma de organizar a logística para o transporte de serviços e/ou produtos até o seu cliente.

A cadeia de suprimentos, que no Brasil também é comumente chamada em inglês de Supply chain, envolve uma diversidade grande de setores já que trabalham diretamente com os recursos para a transportação, as pessoas e a logística necessárias para essa atividade.

Por que se preocupar com a cadeia de suprimentos?

O mercado corporativo é extremamente competitivo. Por isso, se faz necessário que a todo momento o consumidor seja conquistado através de melhores prazos, pontualidade e segurança do serviço. É através da gestão eficiente das cadeias de suprimento que isso acontece.

Pense na cadeia de suprimentos como um motor que move o mercado e o comércio ao redor do mundo inteiro. Sem ela, as prateleiras dos mercados estariam vazias e os produtos não chegariam à sua casa. As cadeias de suprimento praticamente fazem funcionar tudo ao nosso redor: elas nos providenciam as roupas que vestimos, os carros com que nos locomovemos, e até mesmo os alicerces de nossas casas.

Conhecer bem as cadeias de suprimento é um dever de todo empreendedor, pois de nada adianta ter produtos e serviços produzidos se são encontradas muitas falhas no percurso até o consumidor. Não se trata apenas de gerir um negócio para que se consiga lucro, mas também de manter a logística do negócio em ordem, aprimorando-a.

As cadeias de suprimento podem possuir encargos diferentes de acordo com o tamanho dos negócios. Um empreendedor pode trabalhar com um único fornecedor, a depender das demandas de sua empresa, ou até mesmo com vários fornecedores, provedores e empresas terceirizadas para que possa garantir a segurança, pontualidade e eficácia na entrega dos produtos aos seus clientes.

É preciso uma boa logística empresarial

Logística empresarial requer do empreendedor uma capacidade eficaz de planejamento, bem como o controle sobre o mesmo. Gerir uma cadeia de suprimentos significa conhecer e planejar tudo que irá acontecer durante o transporte dos recursos, desde a sua saída do fornecedor até entrega do produto final nas mãos do cliente.

Muitas coisas podem tornar o trabalho do gestor das cadeias de suprimento um verdadeiro desafio: os consumidores podem mudar bruscamente o seu comportamento, as condições climáticas podem inviabilizar o prazo de entregas, e até mesmo as flutuações do mercado financeiro podem desestabilizar a previsão dos custos que envolvem todo o processo. Saber como lidar com esses reveses e estar preparado para tais situações é um dever do gestor de cadeias de suprimento.

Como posso implantar a cadeia de suprimentos em minha empresa?

Vamos elencar algumas dicas do que é necessário que você saiba para que possa implantar a cadeia de suprimentos em seu negócio.

1 – Como planejar a cadeia de suprimentos (Supply chain)

O mercado trabalha basicamente com oferta e demanda. Se você sabe como o seu produto deve ser inserido no mercado, ou mesmo se ele já é inserido, você conhece como se relacionar com os seus clientes (melhoria de prazos de pagamento, qualidade do produto final, segurança na entrega), também sabe do quanto irá precisar de matérias-primas e/ou produtos e com que velocidade você precisa dos mesmos.

Com isso, o gestor da supply chain deve considerar o quanto deve estocar e como estocar, de que forma o produto deve ser transportado e quais melhores rotas para que ele chegue em segurança ao seu destino final.

Todas as possibilidades que envolvem as logísticas desses processos. Tenha essas considerações em mente ao fazer suas anotações, para que suas previsões de recebimento e entrega melhorem com a experiência da sua gestão.

2 – Tenha controle sobre a execução dos seus processos.

Você realmente tem controle do abastecimento para os seus processos de estocagem e entrega? Esse fluxo demanda uma série de características. Certifique-se de que todas estejam muito bem amarradas e organizadas, desde a forma com que se faz o descarregamento do produto em seu estoque, o armazenamento, até como se dá entrega do produto final aos seus clientes.

Seja minucioso, saiba quem faz esses serviços em sua empresa, e se os mesmos estão treinados para controlar a qualidade dos processos. A criteriosidade de como você gere essas pequenas coisas pode ser o fator decisivo para a conquista do seu espaço no mercado.

3 – Pense em estabilidade.

Para que se possa ter uma gestão estável, é necessário que você tenha alternativas planejadas e previstas para os possíveis problemas. Se você depende do serviço de uma transportadora para a entrega de seus produtos, e ela vir a falhar com você, você estará em uma situação complicada.

Ou ainda se você não possui muitos fornecedores para as matérias-primas de seus produtos, os mesmos estão atrasados, ou com problemas de qualidade, novamente você colocará a qualidade do seu atendimento e dos seus produtos em xeque.

É necessário que o gestor da cadeia de suprimentos tenha uma gama confiável de alternativas de fornecedores e empresas terceirizadas que trabalham com suas necessidades, para que se possa criar saídas eficazes para as complicações que podem surgir.

Tendo em vista essas dicas e reflexões, o processo de implantação das cadeias de suprimentos em sua empresa com certeza se dará de forma mais consistente e eficaz.

Seja atento aos movimentos do mercado e se antecipe. O sucesso da gestão depende unicamente da capacidade do gestor de antever as complicações e estar pronto para resolvê-las assim que ocorrerem. Se precisar de ajuda, não deixe de contar com a ajuda de um especialista.

Entendendo o Capital de Giro da sua Empresa

Capital de Giro

Uma das questões que aflige a maioria dos empresários, e que causa a maior parte das falências no Brasil é sem dúvidas as finanças, ou mais precisamente o planejamento financeiro.

Muitos empresários, na maioria os micro e pequenos não possuem um embasamento teórico para trabalhar de forma mais precisa as finanças da empresa.

Dessa maneira, acabam confundindo finanças pessoas com finanças corporativas, não sabem calcular precisamente a necessidade de capital de giro da empresa, e nem quais são suas possibilidades de dispor prazos para os clientes.

É interessante que, em muitos casos, as empresas acabam falindo com uma quantidade de pedidos grande, ou até mesmo com uma potencial clientela para ser atendida justamente pela má gestão financeira do negócio.

Claro, que nem todos os motivos de falência podem ser atribuídos à gestão financeira, pois nenhuma empresa sobrevive sem vendas, que é o pulmão da empresa.

Entretanto, existe como dissemos empresas que possuem pedidos, cliente-las e ainda assim acabam falindo.

Dessa maneira, vamos nesse artigo explicar sobre necessidade de capital de giro, e como isso pode comprometer o fluxo de caixa da sua empresa.

Entender a necessidade de capital de giro

Essa é uma das principais questões responsáveis pela falência da maioria das empresas brasileiras, a necessidade de capital de giro.

São bem poucos os empresários que conseguem enxergar com bastante clareza qual a necessidade de capital de giro do seu negócio, e trabalhar muito bem essa questão fundamental para a saúde financeira da empresa.

Para que você entenda isso de forma clara é preciso ter em mente que existem as entradas financeiras e as saídas financeiras.

Entendendo que para um negócio funcionar o dinheiro entra e sai do caixa constantemente. Sendo assim, o tempo entre a saída do dinheiro e a entrada do dinheiro é o responsável por determinar qual a necessidade de capital de giro do seu negócio.

Para entender isso de forma clara imagine a seguinte situação, você tem uma pequena fábrica de calçados, e o seu fornecedor te dá 30 dias para pagar no boleto bancário.

Imagine que o seu volume de pedidos no preço de venda é de 50 mil reais, e que o prazo de recebimento dos pedidos é de 60 dias.

Nessa situação, considere que do valor de 50 mil reais, você deverá comprar 25 mil de insumos junto aos fornecedores para entregar o pedido, e que os seus custos operacionais para manter o negócio, como aluguel, salários, força, sejam de 10 mil reais.

Repare que nesse caso você tem 35 mil de custos que serão realizados em 30 dias, e embora sua empresa registre lucro de 15 mil nessa situação, pois vendeu os produtos por 50 mil reais, você precisará dispor de 35 mil reais para pagar as obrigações antes de efetivamente receber dos seus clientes.

Trabalhando o capital de giro

Repare que nesse exemplo o empresário precisa entender que, caso não tenha o dinheiro necessário para honrar suas obrigações antes da realização dos seus recebimentos enfrentará sérios problemas de liquidez.

Todavia, ele pode trabalhar com capital de giro de terceiros, optando pela antecipação dos seus recebíveis.

Nesse caso, o empresário vai até o banco, ou uma factoring que é uma empresa responsável pela compra dos seus recebíveis e entra com o pedido de antecipação dos mesmos.

Entretanto, pagará um determinado valor, denominado juros, sobre essa operação, o que poderá em alguns casos comprometer toda a lucratividade da empresa.

Nesse exemplo que citamos, vamos considerar que os juros cobrados pelo banco para antecipar os recebíveis seja de 5% ao mês.

Nesse sentido, considerando o prazo médio de recebimento de 2 meses, os juros serão de 10%.

Desse modo para se trazer o montante de 50 mil reais para o valor presente, perde-se 5 mil reais com despesas financeiras, o que nesse caso não foi capaz de comprometer a liquidez da empresa, mas que, em vários casos podem acontecer.

Crescimento de vendas e falência

Uma outra situação bem comum é você ouvir que um empresário cresceu suas vendas e por consequência acabou falindo.

Por mais que essa afirmação possa parecer incoerente acontece com muito mais frequência do que podemos imaginar, e existe uma explicação plausível para esse caso que vamos explicar.

Imagine uma situação, onde a margem da empresa é extremamente baixa, e ela fatura 100 mil reais por mês.

Desse valor, entre fornecedores e despesas operacionais, o empresário gasta 95 mil reais, sobrando para ele 5 mil reais.

O prazo de pagamento junto a fornecedores, nesse exemplo é de 30 dias e o recebimento 60 dias.

Todavia, o empresário possui um caixa que é capaz de pagar todas as obrigações até o recebimento dos seus pedidos, evitando dessa forma despesas com juros.

Entretanto, imaginemos que esse empresário recebeu uma proposta para aumentar a produção do seu negócio, e que, ao invés de, faturar 100 mil, passará a faturar 300 mil reais por mês.

Pode parecer algo realmente fantástico, pois o lucro aumentará, entretanto, por não possuir capital de giro suficiente, o excedente dos 100 mil precisará ser descontado com juros de 10% ao mês. E por essa razão a despesa com juros será de 20 mil reais.

Se o lucro que sobrar for de 15 mil reais, a empresa apesar de crescer suas vendas sairá de um lucro de 5 mil reais para um prejuízo de 5 mil reais nesse exemplo.

Concluindo

Nesse sentido, podemos concluir que formatar a necessidade do capital de giro da empresa é extremamente importante para as finanças corporativas.

Pois, entendendo perfeitamente essa questão, dificilmente o empresário enfrentará dificuldades financeiras, salvo por questões de outros setores, como um entrave na produção ou uma queda abrupta nas vendas.

Entretanto, no que tange exclusivamente a questão de gestão de caixa, saber identificar a necessidade de capital de giro da empresa é fundamental para que a mesma consiga alcançar o sucesso no mercado.