Uma das questões fundamentais para um bom planejamento financeiro de qualquer empresa é saber como os custos podem impactar tanto positivamente quanto negativamente no seu caixa.
Por essa razão saber classificar precisamente os custos da empresa para determinar o preço de venda é fundamental para o sucesso de qualquer empresa que pretenda se manter viva no mercado.
É importante salientar ainda, que, os custos devem ser de modo geral bem gerenciados, buscando dessa forma, um bom gerenciamento operacional da empresa maximizando assim o lucro da mesma.
Por essa razão, separamos nesse artigo as definições sobre cada custo, seus impactos e como se bem geridos podem colaborar para um bom planejamento financeiro da empresa no mercado.
Índice
Custos Fixos
O custo fixo é sem dúvida, o grande vilão da maioria das empresas, pois, faça chuva ou faça sol, ele estará lá, e você terá que pagá-lo independentemente se vendeu 100 mil reais no mês ou se vendeu apenas 1 real.
Para que você compreenda a definição de custo fixo, é importante entender que, custo fixo é aquela despesa que não varia de acordo com as vendas do seu negócio, sendo fixadas todos os meses, embora possam apresentar uma pequena variação.
Os custos fixos mais comuns em uma empresa são:
- Aluguel;
- Folha de Pagamento;
- Encargos sobre folha de Pagamento;
- Honorários do contador;
- Energia Elétrica;
- Água;
- Taxas da prefeitura;
- Taxas bancárias.
Esses são os exemplos mais básicos de custo fixo em uma empresa, entretanto, podem existir vários outros dependendo do porte e do segmento que a empresa atuar.
Repare que no caso da água ou da Energia elétrica ele pode sofrer uma pequena variação mensal, todavia, existirá mensalmente, não chegando a zero.
O que difere o custo fixo do variável é justamente que esse não está fixado em percentual sobre a venda, tendo um valor fixo para ser realizado.
Custos Variáveis
Os custos variáveis diferentemente do custo fixo variam de acordo com as vendas da empresa, e por essa razão podem ser muito alto ou muito baixos dependendo do faturamento a empresa.
Caso o faturamento da companhia seja 0 o custo variável também será 0, afinal qualquer percentual sobre 0 será 0. Para você entender isso, pegue uma calculadora, digite 0 x 10%, e veja qual o valor que aparecerá.
Dentre os custos variáveis mais comuns que uma empresa pode apresentar estão:
- Impostos;
- Comissões;
- Fretes;
- Participação nos lucros;
- Juros bancários.
Repare que todas essas contas que foram citadas, são dadas em porcentagem, e por essa razão variam de acordo com o crescimento ou queda do faturamento da empresa.
Custo da Mercadoria Vendida
O custo da mercadoria vendida é exclusivamente o valor gasto com o fornecedor. Em um comércio é o valor de compra da mercadoria que será exposta pela empresa e em uma indústria são todos os insumos e matérias primas necessárias para a produção do produto acabado.
Para entender melhor o que seria o custo da Mercadoria Vendida em uma indústria, podemos citar como exemplo:
- Insumos diversos;
- Matéria Prima;
- Materiais de apoio à produção.
Repare também que esse custo é variável, sendo que você fará compras da matéria prima somente se efetuar a venda do seu produto, desse modo, quanto mais sua empresa vender maior será o custo da Mercadoria Vendida.
Entendendo a relação custos e finanças
Enxergando de maneira clara os juros da sua empresa e sabendo classificá-los, as finanças positivas ou negativas sofrerão obviamente as consequências.
Par entender melhor essa relação, imagina que sua empresa trabalhe apenas com um único produto com um preço de venda no valor de R$ 20,00.
Vamos imaginar que, desse valor, o custo variável, somada todas as comissões, com frete, vendedores, impostos, seja de 10%.
Dessa maneira, para cada 20,00 de venda, 2,00 reais será destinado para pagar as despesas variáveis do seu negócio.
Vamos continuar, imagine nessa mesma situação que dos 20,00 de venda, 10,00 é custo da mercadoria que deverá ser pago para o fornecedor. Então, para cada venda, você terá 10,00 de custo da mercadoria vendida e 2,00 de custo variável, te sobrando 8,00 por unidade.
Bom, essa “sobra” de 8,00 será usada para pagar os custos fixos, e como não são dados em percentual acabam muitas vezes confundindo a cabeça do empresário que não consegue enxergar eles no preço de cada produto.
Bom, vamos imaginar que nesse exemplo, a empresa tenha um valor fixo, entre aluguel, funcionários, e demais custos fixos no valor de R$ 8.000,00.
Desse modo, para a empresa empatar é necessário a venda de 1 mil unidades do produto, pois se o lucro bruto é 8,00 vendendo 1 mil unidades entrará para a empresa 8 mil reais, dinheiro suficiente para pagar as contas.
Entender essa dinâmica é fundamental para a empresa precificar corretamente o seu produto e também, aumentar o caixa da sua empresa, através de redução de custos desnecessários e retiradas condizentes com o verdadeiro lucro após a realização de todos os custos.
