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Como Minimizar Seus Níveis de Estoque

Uma das preocupações recorrentes em todo meio produtivo é a gestão de estoques. É comum que os gestores, quaisquer que sejam suas áreas, voltem seus olhares para níveis de estoques.

Mas necessariamente altos níveis de estoque significam baixos níveis de atendimento aos clientes? A gestão correta dos estoques é peculiar a cada tipo de processo e empresa. Não concordam?

Vejamos exemplos de empresas que por exemplo possuam itens compostos por milhares de itens, que além da complexidade apresentem altos níveis de estoque com altos valores. Porém, imaginem que estes mesmos itens sejam parte de um equipamento muito maior e mais complexo, que pela falta de um pequeno item pode parar, e consequentemente acarretar a cessão de lucros na casa de milhares de reais, ou impactar severamente certa linha produtiva.

Soa estranho, mas é fácil imaginarmos exemplos destes, em empresas tais como empresas aéreas (peças de uma aeronave), setor automotivo (peças de um robô específico de uma determinada linha de montagem). Logo, o primeiro passo, para uma correta gestão de estoque é identificação das particularidades e necessidades do processo.

De acordo com a demanda de cada processo e a especificidade deste será necessário determinado nível de estoque. O segundo passo é a correta definição do que é estoque. Parece simples, mas sob o ponto de vista de cada parte gestora, o estoque é visto, e encarado de diferentes formas.

Para um gestor operacional ou de produção estoque pode ser visto como aqueles itens produzidos e que estão no armazém, para um gestor de PCP pode ser encarado como embalagens e insumos que estão no almoxarifado, ao passo que para um gestor financeiro estoque é aquele dinheiro que foi investido para movimentar a empresa, e que não gerou receita.

De certa forma todos podem ser encarados como definições de estoque, porém conjuntas e não isoladas. A definição de estoque inclui desde produtos produzidos em uma etapa e que são matéria prima para etapas subsequentes, até insumos, consumíveis, embalagens, serviços, e propriamente ditos produtos finais.

Terceiro passo e fundamental, é um correto mapeamento dos fluxos de entrada e saída, de maneira macro, e também por processos. Caso os gestores tenham em suas mãos demandas inerentes a cada etapa, e de cada processo, fica mais fácil conduzir níveis adequados de estoque.

De posse dos três passos essenciais, a missão agora é diminuir os níveis de estoque. Sob o ponto de vista macro, minimizar os estoques de produtos é mais simples. A relação está diretamente ligada ao cliente, logo propostas promocionais, abertura de novos e inexplorados mercados, condições diferenciadas de pagamento podem promover bons resultados.

A complexidade se volta agora aos níveis de estoque de insumos, e estoques intermediários de processo. O ponto de partida aqui está num planejamento e controle de produção correto, evitando escassez ou superprodução. Caso os níveis de estoques intermediários de processo já se encontrem elevados, o primordial é estabelecer indicadores de desempenho que permitam monitorar e estabelecer níveis adequados.

Próximo passo é retornar as condições adequadas de estoque. Aí entra a “força tarefa” dos gestores de todas as áreas. A produção em conjunto com o planejamento e controle desta (PCP) devem definir qual (ais) item (ens) deve (m) ser priorizado (s).

Após feito este levantamento preliminar deve-se comunicar o setor comercial, para que os gestores desta área possam dar vazão aos itens definidos, sem, no entanto, impactar as demandas de curso naturais. Prece muito trabalho?! E é!

Logo os melhores passos para se ter uma correta gestão de seu estoque seriam uma correta identificação dos tipos e níveis de estoque, um bom mapeamento de fluxo de processo, e a identificação de indicadores de desempenho fidedignos.

Ferramentas e modelos que permitem organizar seus estoques encontram-se disponíveis (curva ABC, modelo de revisão periódica, modelo de ponto de ressurgimento, etc.), porém de pouca ou nenhuma valia estes são caso as bases citadas anteriormente não sejam feitas de forma condizente e adequada.

Jean Marcel Ragugnetti Furlaneto Consultor em gestão de processos e produção

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