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Balanço Patrimonial: Uma Ferramenta poderosa para qualquer gestor

Balanço Patrimonial: Uma Ferramenta poderosa para qualquer gestor

A maioria das empresas que visito, possui (quando muito), um fluxo de caixa e um demonstrativo de resultado (DRE), mas rara exceções o Balanço Patrimonial. Algumas possuem o balancete nos moldes contábeis, mas só para efeito fiscal, no qual não ajuda muito para análise e a tomada de decisão.

Muitos gestores que converso, acham que o relatório não possui muita utilidade, infelizmente a maioria pensa assim por causa do trauma “contábil” que dificulta a resolução dele, como fechar o ativo e passivo, no qual nunca batem. Além das contas que precisa envolver um sistema de informação robusto.

Uma coisa é certa, é necessário que o fluxo de caixa e o DRE estejam certos e integrados com o balanço para que aja uma consolidação das informações. Com o balanço conseguimos avaliar várias situações da empresa, como: Evolução da Liquidez (Capital de Giro) Neste item conseguimos ver a melhora ou piora dos itens que compõe o capital de giro.

Um exemplo é o estoque, que é uma grande preocupação dos gestores da indústria e varejo. Com isso podemos calcular os prazos médios e analisar o ciclo financeiro da empresa, em relação ao faturamento e tomar medidas para melhorar este item.

Índices de retorno Neste quesito analisamos se a empresa, aqui queremos avaliar se o ativo que investimos está dando um retorno acima do custo de oportunidade (CDI) para os acionistas, no caso o ROE e ROIC. Índices de Endividamento.

Aqui avaliamos se a empresa se encontra em condições de manter seu negócio, sem o risco de um estrangulamento de sua liquidez, avaliamos a evolução do seu endividamento e se empresa têm condições de honrar seus compromissos, principalmente de curto prazo. Como fazer o balanço?

Não iremos criar um balanço com o rigor contábil, pois será gerencial. Lembrando para a mutação do balanço é necessário algumas contas do fluxo de caixa e do DRE estejam corretos. Não iremos colocar em detalhes as contas e sim mostrar os principais itens e quais são suas origens.

O correto era fazer um guia para o desenvolvimento do balanço integrado com o Fluxo e a DRE (quem sabe para o futuro). Este balanço é baseado em uma empresa no regime do Simples. No exemplo abaixo fizemos uma apuração das contas envolvidas dos últimos dois meses, conforme está abaixo:
GRA1
Conforme dito, este balanço não têm o objetivo do rigor contábil, e sim para servir como instrumento de análise para tomada de decisão. Este é um modelo que uso por ser prático e mostra de uma forma simples os itens que preciso analisar.

Reparem que no primeiro momento não bate passivo e ativo, isto acontece quando é realizado o balanço patrimonial pela primeira vez. Porque separar o contas a receber? É um item que foi adaptado do balanço demonstrado de um banco, isso é pra saber se o valor dos atrasados está subindo, e tomar certas decisões em relação a inadimplência.

É um item que em tempos de crise, tende a se elevar e os gestores precisam ficar atentos em relação a este item. Quando o Ativo é maior que o Passivo ou vice e versa?  Neste caso indica que a empresa teve lucro acumulado desde que iniciou suas atividades, isso já estamos contando com as retiradas dos sócios.

Caso contrário, a empresa teve prejuízo. Como faço para bater o ativo e passivo? Como foi dito, a primeira não bate, então o acerto é realizado nos lucros acumulados, conforme visto abaixo, depois pros próximos meses, alinhando o fluxo de caixa e o DRE, o ativo e passivo irão bater.

GRA2

Quanto ao saldo de estoque?  Este é o item mais complicado e delicado do balanço e pode alterar sensivelmente o cálculo do balanço. Por isso que eu sempre recomendo um inventário a cada dois meses pelo menos (bem que o certo é um inventário mensal), pois mesmo os melhores sistemas não conseguem pegar com 100% de exatidão as perdas e também os desvios. Além disso o cálculo do saldo final do estoque gerencial é diferente do contábil.

No caso do gerencial calculamos o custo médio de saldo. No contábil é o PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), por um questão fiscal. Porque separar Fornecedores? Basicamente para o cálculo de prazo médio de pagamento dos insumos principais que envolvem tanto a indústria ou o varejo, no caso de empresas prestadoras de serviço este item é único.

No caso dos itens dos outros fornecedores são na maioria das vezes 30 dias o prazo de pagamento e pode interferir no cálculo. Em relação as provisões como devo proceder? Este é item que a princípio não altera o caixa, e sim o resultado da empresa.

No caso podemos usar várias provisões como; Clientes duvidosos Este é um item que pode ser colocado no balanço, baseado em % histórico. Perdas de estoque Quando o inventário é realizado em intervalos muito grande, é recomendo fazer esta provisão Provisão Judiciária.

Quando a empresa está com disputa na justiça, e a uma possibilidade de perda conforme o jurídico. Provisão de Encargos Este item já é calculado o valor de todos os encargos envolvidos dos funcionários, até as rescisões. Este saldo é debitado os encargos pagos pela empresa quando a saída de caixa.

Pode acontecer de funcionários pedirem a conta faz com que o saldo fique desproporcional com a realidade. O recomendado é saldo não ultrapassar 6 vezes o salário bruto mensal. Passando este índice é recomendado fazer o acerto no DRE, assim reduzindo o saldo.

Este saldo deve ser revisto a cada 12 meses. Qual a diferença entre os empréstimos de curto e longo prazo? A diferença é que um é com prazo de até 12 meses, e outro é acima. A análise principal é sobre a de curto prazo, é aonde “pega” na maioria das empresas, no qual pode gerar a temida insolvência.

Neste item, dependendo da empresa, separo o que é adiantamento de duplicatas, cartão de outros empréstimos de curto prazo. Infelizmente a implantação do balanço patrimonial não é simples, mas acredito pelo retorno de informações e análise compensa o dispêndio.

É relatório imprescindível para tomada decisões, principalmente para desenvolver o planejamento orçamentário e a previsão de fluxo de caixa. Segundo Peter Drucker “a principal ferramenta do gestor é a in­formação”, e a tecnologia da informação alimenta o administrador com informações indispensáveis para a gestão. Decisões importantes precisam ser tomadas e elas podem mudar o rumo nas mais variadas situações.

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