Embora tenha virado chavão, para aqueles que ainda não ouviram, a palavra crise em chinês é composta por dois ideogramas: um que significa “perigo” e outro que significa “oportunidade”.
Contradições a parte, podemos fazer uma relação direta com um assunto abordado em outra oportunidade: Matriz SWOT. Acredito que a hora H, onde podemos dizer que separamos os homens dos meninos, é justamente nas crises. Antes de prosseguir com esta leitura, faço uma proposta ao leitor.
Pergunte-se: Sua empresa tem atravessado uma dificuldades? A economia na qual você ou sua empresa ou ambos estão inseridos está atravessando momentos de instabilidade? Sua empresa ou você tem adiado oportunidades por temer incertezas e efeitos de uma crise? Se você leitor respondeu afirmativo a alguma destas questões, acredito que este artigo irá suscitar algum interesse em você.
De uma maneira geral, gosto de enxergar de modo macro todo sistema de gerenciamento de três formas distintas: Sinal vermelho: Complicou, o que eu devo fazer?! Esta visão é o velho pensamento negativista onde tudo deve-se evitar, tudo é visto como excessiva prudência, deve-se abortar qualquer plano, pois “vai saber o amanhã”.
Aqui vale um velho ditado: “Camarão que dorme a onda leva!”. Sinal laranja: Aquele que vai conforme a maré. Aguarda todo mercado se posicionar, olha todo o movimento aparente da “manada” e depois segue todo mundo. Utiliza-se da velha filosofia da “canja de galinha e prudência não fazem mal a ninguém”.
Sinal verde: Onde todos miram a crise, ele olha como oportunidade. Pensa mais ou menos assim: Quando todo mundo está correndo pegando balde para apagar pequenos incêndios, ele vê o movimento e vai vender baldes. Qual delas é a melhor visão, ou a mais adequada? Aí que está a chave do negócio.
Como é a cultura da sua empresa? Como está estruturada sua equipe? Não adianta sair da inércia total e desejar aventurar-se vendendo baldes do nada. Estruturar-se, realizar um trabalho para colher os frutos e capacitar sua equipe é fundamental.
A mudança de hábitos, pensamentos e postura exige força e desejo de mudar, mas não apenas isso. É necessário suporte, capacitação e estrutura. A síntese é: saia da sua zona de conforto! Um bom ponto de partida é a utilização de conceitos já pré-estabelecidos, e que são facilmente encontrados, tais como a matriz SWOT, ou matriz FFOA.
Embora a análise SWOT (Strenghts, Weacknesses, Opportunities and Threats), ou FOFA (Fraquezas, Oportunidades, Forças e Ameaças), date da década de 60 e 70, ela é uma ferramenta muito poderosa, simples, e muito adequada a qualquer tipo de cenário. Para iniciar um bom planejamento estratégico que permita atravessar momentos de dificuldade esta ferramenta é bastante útil. Os objetivos do uso da Análise SWOT, são em resumo:
- Efetuar uma síntese das análises internas e externas;
- Identificar elementos chave para a gestão estabelecendo prioridades de atuação;
- Preparar opções estratégicas.
Estas análises de cenário se dividem em: Ambiente interno (Forças e Fraquezas) – Integração dos processos, padronização dos processos, eliminação de desperdícios e perdas e foco na atividade principal Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças)
– Acuracidade dos dados, agilidade na comunicação à gestão e decisão estratégica (Planejamento estratégico), eliminação de erros (minimizar desvios padrões).
Sob este cenário, as forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e relacionam-se, quase sempre, a fatores internos. Podemos estabelecer quase que um vínculo direto entre estas, e nossos indicadores de desempenho.
As oportunidades e ameaças constituem-se basicamente de antecipações de futuro (sejam motivados por políticas organizacionais, efeitos de economia a níveis locais, regionais, ou globais, variações cambiais), perfil de mercado, tendências de consumo, entre outros, que nortearão as oportunidades e ameaças que podem surgir a períodos adiante.
Abaixo segue um modelo de matriz SWOT .
Aplique esta matriz em sua empresa, faça uma avaliação profunda e coerente onde precisa investir para aproveitar oportunidade e eliminar problemas que podem diminuir os resultados de sua empresa. Na sequência faça um plano de ação para colocar em prática tudo o que deve ser feito e com toda certeza colherá resultados disso.
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Jean Marcel Ragugnetti Furlaneto Consultor em gestão de processos e produção
